VERSÃO EM PORTUGUÊS ABAIXO
Hay varias instancias en mi fotografía que no me resultaron obvias hasta que alguien me dijo que era posible hacerlas, como ha sido la historia de cómo hice mi primera sesión de desnudo grupal.
Era agosto de 2016 y tenía programado un viaje a Sao Paulo. Serían solo 3 días en la ciudad y quería aprovechar para trabajar en ÚNICA, mi primera serie. Cuando la comencé a principios de año, la dinámica era de una persona a la vez: iba a la casa de la mujer y pasaba un día entero con ella, hasta que las fotos salían entre conversaciones.
Volviendo a mi viaje... Sabía que tenía poco tiempo para producir material en Sao Paulo, al final en tres días no podría trabajar con mucha gente. Entonces tuve una idea que en ese momento me pareció bastante atrevida: una convocatoria pública para participar en el proyecto. Alquilaría una casa y llamaría a un grupo de mujeres para pasar el día, charlar y eventualmente hacer las fotos.
Honestamente, pensé que no iba a funcionar, después de todo ¿quién en su sano juicio estaría dispuesto a dejarse fotografiar por una desconocida, en una casa en un barrio lejano, con otras personas que nunca había visto en su vida dentro de la casa? Si lo miro desde afuera, la propuesta era rarísima por todos lados.
Para mi sorpresa vinieron seis mujeres. ¡Y qué maravilloso grupo de mujeres era! Nos llevamos bien de inmediato. Tenía preparada una mesa de comida y música para que nos relajemos y parece haber funcionado, desde el minuto cero no sentí la existencia de tensión ni malestar. Las horas pasaron muy rápido y en un momento me levanté del sofá y les dije que iba a empezar a hacer las fotos. Una por una las fui llamando y preguntando en qué parte de la casa querían que las retrate. Me gusta dejar que elijan a dónde quieren ir, hace que las fotos se construyan con más fluidez entre la modelo y yo. Cuando la decisión de cómo será la foto no es solo mía, hay una complicidad más palpable.
Cuando terminé de retratar a la última, comencé a guardar mi cámara y volví a la habitación donde todas me esperaban.... Desnudas. ¡Imaginate mi sorpresa al verlas! “¿Cómo es esto? ¿Nadie se vistió al final?” Lo pensé. Todas seguían hablando de la misma manera como si estuvieran vestidas. En ese instante no había pudor, no había vergüenza sobre sus propios cuerpos. Seguí guardando mi cámara pensando qué había pasado que nadie se hubiera vuelto a vestir hasta que una de ellas me preguntó: "Ana, ¿por qué no aprovechás y nos hacés una foto todas juntas?".
Hasta ese momento de mi vida, nunca había contemplado la posibilidad de trabajar el desnudo desde lo grupal. Si te soy sincera, no lo creía posible. Mis propios prejuicios habían bloqueado esta idea en mi cabeza. Como mujer, me enseñaron que todas las demás eran mi competencia. Nuestra educación fue a través de la envidia y la competitividad. Y ahí estaba yo, con un maravilloso grupo de mujeres despojadas de toda esa misoginia.
Volví a poner una película en la cámara e hice esta foto:
Luego, bueno, fue seguir explorando la casa y haciendo más fotos con todas ellas.
Ese día fue un antes y un después en mi jornada fotográfica. Regresé a Buenos Aires emocionada y con muchas ganas de repetir la experiencia. “¿Y si lo que pasó fue algo único? Es decir, ¿qué pasa si fue coincidencia que se hayan llevado bien y no hay forma de recrear la misma experiencia cuando regrese? Lo pensé durante mucho tiempo en el avión y, tan pronto como llegué a casa, comencé a trabajar en mi primera convocatoria grupal de desnudo.
¿Qué pasó después? El resto de la historia ya la conocen.
PORTUGUÊS
Existem várias instâncias na minha fotografia que não foram óbvias para mim até que alguém me disse que era possível, como foi para mim a história de como surgiu minha primeira sessão de nu grupal.
Era agosto de 2016 e tinha uma viagem marcada para São Paulo. Seriam 3 dias apenas na cidade e queria aproveitar para fazer fotos para o ÚNICA, minha primeira série fotográfica. Quando a série começou no começo do ano, a dinâmica era uma pessoa por vez: eu ia na casa da mulher e passava um dia inteiro com ela, até que as fotos surgiam entre conversas.
Voltando a minha viagem... Sabia que tinha poucos dias para produzir material em São Paulo, ao final eram só 3 dias e não poderia trabalhar com muitas pessoas. Então tive uma ideia que em seu momento me parecia bastante atrevida: uma convocatória pública para participar do projeto. Alugaria uma casa e chamaria um grupo de mulheres para passar o dia e conversa vai conversa vem, as fotos surgiriam.
Sinceramente, achava que não iria dar certo, afinal, quem em sã consciência iria se dispor a se deixar fotografar por uma desconhecida, em uma casa em um bairro desconhecido, com outras pessoas que nunca viu na vida dentro da casa? Vendo de fora, até soa a armação.
Para a minha surpresa, seis mulheres vieram! E que grupo maravilhoso se formou. Nos demos bem logo de cara. Tinha preparado uma mesa de comida e música para descontrair e parece que deu certo, desde o minuto zero não senti a existência de tensão ou desconforto. As horas passaram bem rápido e eu em um momento levantei do sofá e avisei a todas que ia começar as fotos. Uma por uma eu as chamava e perguntava em que lugar da casa elas queriam ser fotografadas. Gosto de deixar que escolham onde querem ir, isso faz com que as fotos se construam mais fluidamente entre eu e a modelo. Ao não ser só minha a decisão de como será a foto, existe uma cumplicidade mais palpável.
Quando terminei de retratar a última mulher, comecei a guardar meu equipamento e voltei para a sala onde todas estavam me esperando.... Nuas. Qual não foi minha surpresa vê-las assim! “Como assim? Ninguém se vestiu ao final das fotos?” pensei. Todas conversando do mesmíssimo jeito como se tivessem com roupa. Naquele instante todo pudor, toda a vergonha que poderia existir sobre seus próprios corpos havia desaparecido. Continuei guardando meu equipamento pensando o que tinha acontecido para que nenhuma delas tivesse voltado a se vestir até que uma delas perguntou: “Ana , por que você não aproveita e tira a foto de todas nós juntas?”
Até aquele momento da minha vida, eu nunca tinha contemplado sobre a chance de poder trabalhar com nu de forma grupal. Se sou bem sincera, não pensei que era possível, pois meus próprios preconceitos tinham bloqueado essa ideia da minha cabeça. Como mulher fui ensinada a que todas as outras mulheres eram a minha concorrência. Nossa educação foi através da inveja e da competitividade umas sobre as outras. E lá estava eu, com um grupo maravilhoso delas despidas de toda essa misoginia.
Voltei a pôr um filme na câmera e fiz essa foto:
Depois, bem, depois foi continuar explorando a casa e fazendo mais fotos com todas elas.
Esse dia foi um antes e um depois na minha jornada fotográfica. Voltei para Buenos Aires animada e com uma vontade enorme de repetir a experiência. “E se o que aconteceu foi algo único? Digo, e se elas coincidentemente se deram bem e não tem como recriar a mesma experiência quando eu voltar?”
Pensei nisso por um bom tempo dentro do avião e assim que cheguei em casa, comecei a trabalhar na minha primeira convocatória de nu grupal.
O que aconteceu depois? O resto da história vocês já conhecem.
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